sábado, 24 de dezembro de 2011

Presença

Você está. meus olhos vagueiam Ouço voz e vozes.. Estou louca? Não tenho resposta. A loucura bem que pode estar aqui. Não quero saber. Não quero conhecer. Meus olhos freiam minhas divagações.
E eu volto para você. Sua inquietude calma, tensa e pausada passeia pela minha memória e ativa uma angústia de natal.
Olho para seu lugar. Você não está.

sábado, 20 de agosto de 2011


 













                       
Último poema

Sangue escorre
e lágrimas o acompanha
obedientemente.

É um encontro de iguais
que se desconhecem.

A lágrima e o sangue
se tocam,
se metamorfoseiam ,
levam a língua ao desespero,
lavam as palavras.

Um novo tom mancha
o último poema.

sábado, 30 de julho de 2011

A mariposa e a luz                       

A mariposa voa
ao redor da luz.
Voa em torno de si
em busca da dança da língua

voos  circulares impulsionam
inquietações  constantes,
cortantes...

A luz, ao redor da mariposa, circula.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SANGUE NOVO



 LANÇAMENTO EM SALVADOR: Livraria LDM - Multicampi Rua Direita da Piedade - Piedade DATA: 23 de julho de 2011 (sábado) HORÁRIO: Das 10 às 14 horas
Sangue novo foi selecionado e organizado pelo poeta José Inácio Vieira de Melo e conta com a apresentação do escritor Mayrant Gallo. A  capa é produção do artista plástico e poeta português Fernando Aguiar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Infinitas possibilidades
 de dizer
chovem em mim
e desaguam
 no papel
que absorve gotas de combinações
que ainda não dizem
o que eu quero dizer.

domingo, 3 de abril de 2011

Fado

Vejo o silêncio dispersar
 na multidão
que caminha, caminha
e não vê que seus pés
são rodas sem comandos
e seguem em direção ao
 nada.

Vejo passos, pedras, flores
e tudo mais
que segue,
fica,
passa.

A pedra carrega incontrolavelmente tudo
até o pó da estrada
que encharcado de suor, lágrimas e sonho
sonha com uma flor
e vai...

E vou.
A pedra que carrego é minha
e não há devolução.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Canto de sereia



Uma voz sussura aos meus ouvidos
palavras doces
que reavivam meu olhar
palavras,
palavras,
palavras,
atravessam meu corpo
e como semente
espalham-se,
e como canto me carregam
pro teu mar.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Chuva

Ouço a chuva que passa
intensamente
e molha tudo em sua volta
seus sinais de presença
desperta-me numa noite fria
que eu queria apenas dormir.
                                
Insisto em fechar os olhos,
ela insiste em cair
e pelos meus ouvidos atravessa o telhado
e molha os sonhos
que adormecem em mim.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Outros eus

Estou inúmeros caquinhos
dispersos,sonolentos,insossos
pedaços de mim,
ou de outros.

A ideia da blog é antiga, mas resisti o quanto pude, talvez por vaidade, preguiça ou simplesmente falta de tempo...

Seja qual foi o motivo ele não mais existe e aqui estou disposta a encontrar outros diálogos